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quarta-feira, junho 09, 2010

POLÍCIA MILITAR DO AMAZONAS (XIII)

• José Paranaguá


José Lustosa da Cunha Paranaguá, filho do marquês de Paranaguá, toma posse na presidência da Província do Amazonas, em 17 de março de 1882. Em seu governo acentuaram-se os conflitos fundiários na região do rio Purus. Para refreá-los, a presidência organiza um destacamento de 30 praças, certamente do Exército pela deficiência da Guarda Policial, que segue na lancha Moema. Assinala o historiador Antônio Loureiro que, como resultado da expedição, são presos e conduzidos para Manaus “12 réus de morte”.

Montepio

A presidência da Província,  consoante a Lei n.o 596, de 30 de maio, cria o Montepio destinado às famílias dos funcionários provinciais, nesses incluído o pessoal da Guarda Policial. Tenho certeza, trata-se do primeiro desvelo previdenciário para os integrantes da força militar estadual.




Premiação pecuniária
José Paranaguá, presidente da Província, sanciona a Lei n.º 611, de 7 de Junho de 1883, estabelecendo, entre outras medidas, o efetivo da Guarda Policial para o biênio seguinte.


Esse quantitativo aumenta para quatro oficiais e 102 praças de pré. Além deste fundamento básico, a presidência assenta regras de premiação em dinheiro, mediante pagamento parcelado, com o propósito de atrair e renovar com jovens e melhores guardas os quadros da Guarda Policial.
Repito, como era difícil a incorporação de membros da Guarda Policial.

• Teodoreto Souto
Em 11 de março de 1884, é empossado na presidência provincial Teodoreto Carlos de Faria Souto. Nascido na província do Ceará, em 4 de novembro de 1841, constituía-se em mais um bacharel formado pela Faculdade de Direito do Recife, na turma de 1865.
Além da província amazonense, presidiu a de Santa Catarina, “tendo sido eleito Deputado Geral em várias legislaturas e Senador pela província do Ceará”, informa o professor Agnello Bittencourt.
Seu governo no Amazonas prolonga-se até o dia 12 de julho, apenas dois dias após “a refulgente glória de presidir o grandioso ato da redenção de todos os escravos residentes no solo amazonense”.
Rua Dez de Julho
Lembrando que em 10 de julho foi proclamada na Província do Amazonas a extinção da escravidão negra , bem antes que decisão semelhante beneficiasse todos os escravos no Império. Coube a princesa Isabel a assinatura da Lei Áurea. 
A relevância desse acontecimento histórico se encontra perenizada em rua do centro de Manaus, ao lado do Teatro Amazonas. 



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