CATANDO PAPÉIS & CONTANDO HISTÓRIAS

quinta-feira, novembro 25, 2010

BOMBEIROS DO AMAZONAS (XV)

Convite expedido para a solenidade
Amanhã, o Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM) reune seu efetivo para assistir a formatura do Curso de Habilitação a Oficiais Administrativos (Choa), ao tempo em que comemora o 12º aniversário de sua "emancipação".
A liberdade a que se refere a nota da corporação foi, apesar de pouco esclarecida, obtida da Polícia Militar do Amazonas. Não foi fácil essa conquista, a disputa no braço levou anos.

A promulgação da Constituição Federal em 1988 permitiu, entre outros, um duelo ferrenho em busca da desvinculação, emancipação como querem os bombeiros, entre os corpos de bombeiros e as polícias militares. No Amazonas, o processo foi extenso, se considerarmos que outros Corpos alcançaram essa prerrogativa muito antes.
A “Constituição-cidadã” permanece marcada, entre outras facetas, pela enorme lista de privilégios conferidos a diferentes organismos do Estado. Nesse elenco, incluiu-se o serviço de extinção de incêndios que, especialmente durante o Governo Militar, com exceção do Rio de Janeiro e Distrito Federal, foi submetido às polícias militares. O art. 144 da CF teve o condão de permitir a separação deste primordial serviço.

Séria controvérsia, no entanto, permeava a questão: a Carta Magna permitia, não orde-nava. Por isso, uma peleja surda, muitas vezes dramática, ocorreu no interior de quartéis de bombeiros, a fim de viabilizar este anseio da classe. O empenho, a arregimentação da categoria era imprescindível, mas vez outra esbarrava na deliberação do comando superior, na ausência de apoio político, na indiferença de governantes, entre outros obstáculos.
A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos:
(...) V – polícias militares e corpos de bombeiros militares.
É preciso escrever que a novidade traria múltiplas cargas: a separação importava em novos gastos a abertura de mais uma estrutura operacional e administrativa no Estado. Tanto estimularia quanto poderia atingir interesses, anseios pessoais de dirigentes. Como conciliar todos estes entraves?
O tempo, certamente, foi o real mestre, mostrando as iniciativas bem sucedidas de outros Corpos e aplainando as dificuldades. Por fim, doutrinando os bombeiros locais sobre a maneira como outros perpetraram a separação.

Escudo do Corpo de Bombeiros Militar
do Amazonas
Desde o primeiro Corpo de Bombeiros Militar a usufruir da vigente Constituição Federal, em 1989, ao desiderato amazonense decorreu exato uma década. No Amazonas, o primeiro passo foi amplo, alterando a Constituição Estadual, com a aprovação da EC n.º 31, de 26 de novembro de 1998. A legislação seguinte veio complementar a deliberação do Poder Legislativo local, pois competia ao governo disciplinar essa passagem.
Como deve ter ocorrido pelo Brasil afora, aqui também não foi desigual, questiúnculas sobrepuseram-se ao correto desdobramento.

No entanto, o Corpo de Bombeiros avantajou-se, em especial sob o comando do coronel Marinho Alcantara. E, passado doze anos de emancipação, os bombeiros do Amazonas merecem os elogios.  

2 comentários:

  1. acritica Confraternização do Corpo de Bombeiros termina em briga http://bit.ly/gh7lWj

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  2. Estou reenviando a matéria que recebi, a qual nos deixou bastante consternados e aborrecidos.


    BRIGAS DE OFICIAIS NO BAILE DO FOGO 2010
    Ao acessar nesta data o Jornal A Crítica On-Line, deparei-me com esta matéria, que nos deixa muito tristes, principalmente pelo fato dos principais envolvidos serem os dois coronéis mais antigos do CBMAM e ainda mais, ambos sendo Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Amazonas e seu Assessor de Gabinete. Imaginem que até as esposas dos dois oficiais se envolveram em brigas. Que absurdo! Onde nós estamos? Cadê os bons exemplos? É como diz a matéria: "Se os brigões fossem Soldados, Cabos ou Sargentos teriam recebido voz de prisão em flagrante delito e iam passar o Natal atrás das grades". Cadê a Justiça, nestas horas?
    Lamentável, amigos e amigas, só tenho que pedir desculpas e lamentar pelo episódio ocorrido, o que deixa toda a comunidade amazonense e a bombeirística tristes, pois aqueles que deveriam estar "apagando incêndios" agem dessa forma, provocando incêndios no círculo dos oficiais e manchando o nome da Corporação.
    Mas esse triste episódio, que aliás não é a primeira vez que acontece no Baile do Fogo, pois outros episódios terminaram em nada, como o ocorrido no ano passado.
    Apesar do pedido de desculpas feito ontem pelo Comandante-Geral, esse não foi aceito pela maioria dos oficiais e só não se manifestaram porque não lhes foi dada a oportunidade para expressarem seus sentimentos. Mas o que podemos fazer, não?
    É daí que vem o velho ditado: "De onde muito se espera é daí que não sai nada"
    Isto é uma vergonha. A Corporação pede suas desculpas e tenham certeza que isso não ficará impune. Custe o que custar. Doa a quem doer. Fogo!
    Encaminho o site do Jornal A Crítica, que publicou parcialmente os fatos.
    http://acritica.uol.com.br/manaus/Amazonas-Manaus-Amazonia-Confraternizacao-Corpo-Bombeiros-termina-briga_0_395360555.html


    Entrem no site e comentem. Obrigado.


    FELIZ NATAL PARA TODOS VOCÊS.

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