CATANDO PAPÉIS & CONTANDO HISTÓRIAS

sexta-feira, junho 17, 2011

Aniversário do dono


Roberto Mendonça, 2010
Depois que enfiei meu perfil nas redes sociais, não pude mais escamotear o meu aniversário. Não tem jeito. A turma sabe de tudo, e com bastante antecedência.
Então, tá. São sessenta e cinco anos, devidamente reformado da meganha. Mas que negócio é esse de reformado, que passa a ideia de inválido, alquebrado, lascado (para não repetir o enfadonho o f pontos). Isto é, estou mais que aposentado. Absolutamente 0800, com direito a devolução do IR no primeiro lote.
Bom, meganha, você sabe. Cheguei à Polícia Militar em 1966, naquele quartel da praça da Polícia. Uma tristeza geral, sem farda e sem prestígio, pois ninguém queria vestir o cáqui, a cor de burro quando foge, que cobria os policiais de então.
Havia pela manhã, na abertura do expediente, um desfile pelo entorno da praça, passando pela praça Ribeiro Júnior, antes de reingressar no quartel. Se alguém souber onde ficava esse logradouro, ganha um presente. Bom, era uma consagração, pois a juventude do Colégio Estadual aplaudia, rendendo bons papos no intervalo. Ou seja, descobri que farda tem uma atração segura com o sexo oposto. Tinha, porque hoje com as opções, não me aventuro a opinar.
Antes de deixar a briosa, e após concluir os primeiros escritos e as pesquisas iniciais, ingressei no Instituto Histórico local. Começava uma nova experiência, que venho paulatinamente exercendo. Procuro me especializar na história militar de nosso Estado, já tendo produzido trabalhos sobre a própria PMAM, e agora sobre os Bombeiros do Amazonas.
Depois voltas e meia na vida, estou bem de saúde, de salário e de amizades. Sou “catador de papéis”, com o fim de blogar em nome do coronel Roberto.
Hoje, vou aproveitar o chá (uísque e outros destilados) do amigo Armando de Menezes para festejar. 
Venha você também.

Um comentário:

  1. Mano,
    Aproveito a oportunidade para lhe dar os parabéns - e que merecidos parabéns! -, por tantas lutas, tanta perserverança e obstinação. Parabéns pelos sessenta e poucos. Apartir de agora não se contabiliza os anos, somente décadas.
    Você pode se orgulhar, e eu também me envaideço por ser seu irmão. Você me serviu de ícone nesses anos todos. Compartilhamos excelentes momentos e percebi a sua torcida pelo meu sucesso, embora meu maior sucesso mesmo foi a nossa afinidade.
    Não esqueço jamais a calça Saint Tropez que gahei de presente, na década de 60, quano você retornou do Rio. Caiu como uma luva e vesti com tanto prazer que fique triste quando cresci e ela não serviu mais. Porém, o gesto ficou e o legado de histórias e enredos do cotidiano pautaram a minha da vida.
    Sem querer me alongar tanto: parabéns e saúde!
    Que Deus lhe proteja!
    Renato Mendonça

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