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quarta-feira, outubro 12, 2011

CORPO DE BOMBEIROS DO AMAZONAS (XXIV)

Ao final de 1994, a PM do Amazonas indicou o coronel Deusamar Assis Nogueira, que deixava o gabinete do vice-governador Francisco Garcia, para o comando dos Bombeiros. Enquanto este oficial transferia os encargos daquela função, o tenente-coronel Homero Leite de Almeida exerceu o comando em caráter transitório, de 22 de novembro a 20 de janeiro de 1995, data da posse do coronel Nogueira.

O governador Amazonino Mendes, empossado em 1.º de janeiro, designou para o comando da Polícia Militar o coronel Mael Rodrigues de Sá, que assumiu ainda em janeiro.

Governador Amazonino Mendes e coronel Mael Sá, 1995
Para melhor compreender a evolução dos Bombeiros, cabe recordar um acontecimento de ampla repercussão nacional; em 1988, o Congresso Nacional promulgou a Constituição vigente, intitulada de Constituição cidadã. Antecedida de amplos debates, a Carta Magna acomodou numerosos direitos, entre esses proporcionou aos Bombeiros a conquista da emancipação.

Há tempo, essa secessão estava engajada nos quartéis dos soldados do fogo de todo o País, lembrando que estes foram submetidos à Polícia Militar durante o regime dos militares, salvo os do Rio de Janeiro e do Distrito Federal.

Tão logo a Constituição foi promulgada, deu-se partida em busca da separação, cabendo ao estado do Acre a conquista da pole position, em março de 1989. Em busca desse intento, os bombeiros amazonenses encetaram reuniões e encontros (quase tudo documentado) e, encorajados nesses, superaram árduos insucessos.

Até que o governador Amazonino Mendes autorizasse a divisão, havia passado dez anos desde o sucesso do desbravador acreano.

Cabral Jafra, Asp Of Exército


Em 1º de novembro de 1995, o Corpo de Bombeiros assistiu nova substituição de comandante; assumiu o coronel José Cabral Jafra.

Quando foi designado para comandar o CCB, coronel Cabral Jafra conhecia bastante tanto o quartel quanto o serviço de bombeiros. Afinal, em 1973, quando da incorporação do CBM ali servira próximo de oito anos, de forma que se considerava autodidata no assunto.

Enfrentara diversas ocorrências de variadas magnitudes e conhecia os veículos, cuja primeira remessa de importados, ele recebera. Comandou pouco mais de seis meses.
Nesse período, empenhou-se em dotar o Centro de Atividades Técnicas (CAT) de novo direcionamento, tratando-se de órgão administrativo obrigado a lidar com entidades civis e atender regras destas e da prefeitura de Manaus. Tem convicção de que disciplinou o trabalho e sua gestão financeira.

Coronel Cabral
Outra preocupação sua dizia respeito à disciplina no quartel. Comumente conhecida por ordem unida, ou seja, colocar a turma nos brios. E mais, sob recomendação do comandante-geral, enraizar os conhecimentos operacionais, em dialeto policial militar, cumprir a instrução programada.

Treinar e treinar, como convém aos bombeiros. Houve certo queixume de parte de oficiais, argumentando que o comandante não dispunha de formação qualificada. Extraordinário conversador, coronel Cabral, que se considerava autodidata na matéria, fez entender aos queixosos que seu tempo de Bombeiros o habilitava a exigir e a ensinar.

Conseguiu ser bem-sucedido. Uma ascensão funcional, porém, determinou sua exoneração, em 8 de maio de 1996. Assumiu a chefia da Casa Militar do governador Amazonino Mendes.

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