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quarta-feira, novembro 16, 2011

Patrimônio da Prefeitura de Manaus (2)

Em julho de 1922, o prefeito municipal de Manaus, Basílio Torreão Franco de Sá, nomeia uma comissão para organizar o Tombo municipal. Um amplo levantamento foi realizado e este, reduzido a um Relatório, foi editado pelo município.
Esclareço que o forno crematório que existiu no bairro de Aparecida destinava-se a queima de lixo. E os jardins no entorno da Matriz seguem de propriedade do município. Abaixo, mais outra parte do texto:
Forno crematório de lixo, em Manaus, 1901

FORNO CREMATÓRIO
Prédio situado no bairro de S. José, ao lado sul da Rua Ramos Ferreira, em terreno próprio, ocupando uma área de 112,12m2, coberto com telhas de barro; dádiva do Governo do Estado, autorizada pela lei n.o 614, de 26 de agosto de 1910.
Em 31 de março de 1911, o superintendente municipal, Dr. Jorge de Moraes, contrata com o Sr. Affonso Acampora a construção de um galpão e a montagem de um forno, sua pintura e mais serviços, sob a direção do engenheiro W. T. Wood, e fiscalização do engenheiro municipal.
Em 12 de abril de 1912, fica este próprio sob a guarda, conservação e custeio do contratante do serviço da limpeza pública, durante a vigência do respectivo contrato.
Em 26 de fevereiro de 1921, é entregue ao Município, por ter cessado os efeitos
do contrato de limpeza.
Em Maio de 1921 o superintendente, Dr. Balio Torreão Franco de Sá, manda proceder neste próprio a reconstrução de dois terços do galpão, com armação de madeira coberta com telhas de barro, tipo Marselha; a construção de cinco dependências com alvenaria de pedra e tijolo, cobertas com telhas de barro; reconstrução das fornalhas e consertos nos mecanismos.

Matriz e os jardins, cartão postal, anos 1950

JARDINS DA MATRIZ
Construídos pelo governo do Estado aos lados leste e oeste da igreja Matriz da Conceição, ocupando uma área de 14.300m2, contendo no lado leste um lago cortado por uma ponte de cimento armado, um pavilhão para música e um chalé de alvenaria para a residência do jardineiro; no lado sul, muro e gradil com portão de ferro ao centro, fechando a área limitada pelas escadarias da Matriz; no lado oeste um pavilhão para música, um repuxo com tanque e uma gruta de cimento armado.
Sua entrega ao Município foi feita em virtude dos documentos que seguem:
503. Secretaria dos Negócios do Interior  
Manáos, 31 de janeiro de 1898.             
Dr. Superintendente Municipal da Capital.
Nesta data, faço-vos entrega da parte inferior do Jardim, ao lado da Igreja Matriz, fazendo frente para a Avenida Eduardo Ribeiro.
Acha-se completamente plantado e cercado de  arame.                                             
 (a) Anísio de C. Palhano.
      Manáos, 1O de novembro de 1900.        
Dr. Superintendente Municipal da Capital.
Sendo da competência da municipalidade o serviço de arborização da cidade e ajardinamento das praças, levo ao vosso conhecimento que, desta data em diante, ficará ao cargo da mesma a conservação e custeio do jardim da Praça 15 de Novembro.
(a) Silvério José Nery.

A Matriz de N. Sa. da Conceição e seu entorno, 2010
Às 9h30 da manhã do dia 28 de outubro de 1901, o superintendente municipal, Dr. Arthur Cezar Moreira de Araujo, na presença dos Excelentíssimos Senhores Governador e Vice-Governador, de Intendentes do Município, de autoridades civis e militares reunidos no pavilhão ocidental, e de
grande massa popular, declara inaugurado
e entregue ao público os jardins que circundam a Matriz.
Em virtude da lei nº 267, de 27 de agosto de 1902, o Sr. Superintendente, Dr. Martinho de Luna Alencar, arrenda este jardim até 31 de dezembro de 1903 ao engenheiro Lucas Bicalho Tostes.
Em 1906, o superintendente, coronel Adolpho Guilherme de Miranda Lisboa manda proceder à restauração deste logradouro publico.        ,       .
Em 1911, o superintendente, Dr. Jorge de Moraes, manda fazer os serviços de consertos do chalé dos guardas, dos coretos, dos mictórios, bem assim a remodelação de seus canteiros e gramados.

Em 1919, o superintendente, Dr. Antonio Ayres de Almeida Freitas, manda refazer o gramado deste jardim.

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