CATANDO PAPÉIS & CONTANDO HISTÓRIAS

terça-feira, outubro 03, 2017

FAST CLUBE

Em julho de 1930, surgiu o Nacional Fast Club, uma dissidência do Nacional FC. Conhecido hoje por Fast Clube.

Manteve-se competitivo, tendo alcançado destacado sucesso no meado da década de 1950 quando conquistou, por dois anos seguidos, o campeonato amazonense, de forma invicta. Então, na vigência do futebol amador. Voltaria a demonstrar superioridade na década de 1970, quando o futebol local ingressou no profissionalismo.

A direção fastiana, entusiasmada com o sucesso de sua equipe, lançou a revista Fast em Revista, em julho de 1956. Da revista nº 2, catei a matéria abaixo, escrita pelo jornalista Almir Diniz que, em nossos dias, prossegue como expressivo poeta e contista, afora a participação como membro das maiores sociedades literárias de nossa terra.


RETRATO DO FAST

Almir Diniz

No esplendor de seus 26 anos de existência, o Fast apenas desabrocha para a consecução de seus grandes empreendimentos e de suas maiores finalidades. Mas, embora viceje apenas a sua infância, já lhe ornamenta as cores o galardão de inesquecíveis justas.

O seu nome, é um estandarte que os corações levantam; um hino que a voz da "hinchada" entoa. Quando, no palco das decisões de lutas esportivas, as vozes das massas se confundem num vibrar uníssono de paixões, o Fast está em campo. A sua esquadra atira. Os seus petardos vencem. Adversários caem.

Recorte do artigo da revista nº 2 - 1956

A estrela de ouro do Fast prediz o seu destino. Sua bandeira, de louros é revestida. Sua tradição é respeitada. O Fast tem tudo para continuar vencendo, para continuar brilhando, quer nos campos onde avulta sua equipe harmoniosa de futebol, quer nos salões onde desponta na magnificência de sua juventude esse poema verde de mulher que é a miss Carmen Queiroz.

Dirige o querido Club caboclo, um dínamo humano — Gonzaga de Souza. E é este dínamo, apoiado por amigos dedicados, por fastianos invencíveis, que conduz o Club às culminâncias da eficácia, do poderio, da Glória.

Impossível esquecer João Liberal, técnico entre os técnicos, orientador e aprimorador das qualidades natas de duas gerações de craques.

Seria ingratidão omitir nesta rápida apreciação os nomes dos campeões invictos de 1955, de Futebol e de Ténis de Mesa: Raul, Jaime, Montenegro, Mario, Gurgel, Almério, Dog, Nego, Zezinho, Padeirinho, Guilhito, Paulo Onety, Orleans, Paulo Lira, Lafaiete, Marcelo, Zeca, novamente Guilhito, Maurílio, Fábio, José e Jorge são rapazes que merecem apoio e estímulo.

São legítimos campeões porque não se deixaram abater numa temporada acesa na qual pontificaram os expoentes máximos de nossas forças esportivas.

Aureolado por dois campeonatos conquistados invictamente, e por sucessivas vitorias no campo social, onde dia a dia se impõe pelo magnetismo de sua força, de sua viveza, o FAST comemora o seu 26º aniversário de fundação. E faz desta data gloriosa um novo marco na história esportiva do Amazonas.

E inicia uma nova era na história dos calendários esportivos, anunciando e realizando um programa de festejos que diz bem de sua capacidade realizadora, de seu talento incalculável, de seu destino invencível. Este, um retrato pobre do Fast de nossos dias, do Fast de hoje, do Fast atual — cheio de vida, de aspirações, de ideais.

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