CATANDO PAPÉIS & CONTANDO HISTÓRIAS
domingo, maio 19, 2024
ENCHENTES AMAZONENSES
sábado, maio 18, 2024
JOSÉ MANUEL MENDOZA (1916-2014) (2)
J. Manuel Mendoza |
Há Dez Anos
18.05.2024
Renato Mendonça
Há exatos dez anos, e
aproximadamente nesta mesma hora, nosso pai encerrava sua biografia. Em São
Paulo, num leito de hospital, foi vitimado covardemente pelo câncer; e não foi
só a doença que o derrotou, contou ainda com a contribuição derradeira da ação
médica que tentou extirpar esse carcinoma.
Gostaria que
esta data, assim como outras de tanta importância para o nosso universo
familiar, não caísse no esquecimento. Sei que muitas vezes nos distraímos
dentro da ciranda de tantos compromissos da vida moderna, que até esquecemos de
reverenciar uma criatura de tamanha importância dentro de nossa história.
J. Manuel Mendoza
Assim sendo, eu
iria solicitar a cada um partilhasse — pode ser usado o WhatsApp — com os
outros irmãos os momentos mais impactantes, os ensinamentos ou as mensagens que
absorveu, ou aquilo que ficou sedimentado em vossos corações. Pode fazer em
texto livre de estrutura verbal, não se preocupem com a gramática, mas deixem
que a emoção participe fale por vocês. Depois quero fazer um texto único, numa
crônica à várias mãos, e deixar para a posteridade.
Além de tudo o
que já publiquei, quero deixar claro que o exemplo de dedicação, feito um
pastor cuidando de ovelhas, e o empenho arraigado para que tivéssemos educação
e cultura, para mim foi o grande legado. Há momentos lúdicos de minha infância,
e muitos deles estão descritos nos meus livros. Mas, um ficou ainda inédito:
quando eu tinha entre quatro e cinco anos, eu costumava mijar na cama. Era uma
incontinência que eu não conseguia controlar. E muitas vezes acordei,
exatamente quando meu pai trocava o meu pijama... Para não levar bronca, ou
talvez envergonhado, eu fingia que estava dormindo. Um belo dia, conversando
com Deus, ele me disse: depois das 18 horas, depois que você rezar a Ave-Maria,
não bebas mais água, nem se estiver com sede. Fiz isso, e nunca mais aconteceu...
São tantas lembranças, e tanta
herança que ainda hoje usufruo, como por exemplo, a do ofício de carpinteiro.
Que Deus o guarde e o mantenha
sob a sua Luz. Amém.
JOSÉ MANUEL MENDOZA (1916-2014)
Completam-se hoje dez anos do falecimento do “seu” Manuel Mendonça, meu genitor, fato acontecido na cidade de São Paulo, onde ele morava. Nascido no Peru, foi levado pela mãe para Manaus, onde implantou as famílias que a viuvez permitiu. Somos oito filhos de dois casamentos. Seu amor por Manaus, nos levou à decisão de que seu corpo fosse transladado para aquela capital, onde repousa no cemitério São Francisco, situado em ponto elevado da cidade, como se seguisse observando a cidade de sua paixão.
Registro do selo personalizado pelo centenário e demais
encontros familiares
sexta-feira, maio 17, 2024
PIQUETE DE CAVALARIA PMAM
Quando de sua criação na primeira década do século passado, esteve situado na atual avenida Duque de Caxias, pertencente à Força Policial estadual. A localização, atento à entrada do aquartelamento, era (e continua) pela rua Dr. Machado, ora limitado pela Maternidade e o igarapé do Mestre Chico. Com o definhamento do Estado, desapareceu a Cavalaria policial, e o terreno esteve desocupado até que foi construída a Maternidade Balbina Mestrinho. No entanto, aquela localização seguiu conhecida durante décadas, no bairro da Praça 14, como Piquete.
Foto do Piquete, de 1964, reconstruída por Ed Lincon |
Ed Lincon, estimado artista e caçador de
relíquias históricas, encontrou uma foto do Piquete em saudoso jornal da
cidade. A foto era quase um fantasma. Ele a refez com sua arte, deu-lhe cores e,
certamente, trata-se do único instantâneo do desaparecido Piquete. Grato, Ed
Lincon, sua obra segue exposta.